A partir de meados de década de 2000, a deterioração do clima económico que culminou com a assinatura, em 2011, do Programa de Assistência Económica e Financeira, e a incerteza daí resultante, conduziram à redução drástica do investimento, quer público, quer privado, criando um clima desfavorável à revitalização da Baixa Pombalina.
A candidatura da Baixa Pombalina a Património da Humanidade continuou, no entanto, como um dos objetivos expressos da Estratégia de Reabilitação Urbana de Lisboa 2011/2024, apresentado em 29 de abril de 2011 pela Câmara Municipal de Lisboa.
Nos últimos anos multiplicam-se, na Baixa Pombalina, os sinais duma crescente pressão do negócio imobiliário, com a proliferação de obras de reabilitação destinadas a permitir a utilização dos velhos edifícios para fins por vezes muito diferentes daqueles que constituíram a sua vocação original.
Decorrem atualmente na Baixa Pombalina mais de uma vintena de intervenções que podem levar à perda de alguns dos atributos que lhe conferem valor histórico e cultural. Justifica-se, portanto, uma avaliação do impacto que a atual conjuntura está a ter sobre esse valor, e, por reflexo, na viabilidade da candidatura a Património da Humanidade.
A Conferência terá lugar no dia 21 de abril próximo, no Auditório do Banco de Portugal, Largo de São Julião, em Lisboa.