O Fórum Cidadania denunciou esta situação que revela, no mínimo, o desrespeito pelos órgãos que tutelam as actividades de conservação e restauro, dado que nem o IGESPAR nem a Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo (DRCLVT) autorizaram os trabalhos em questão. Esta situação seria anedótica se não revelasse a lamentável incúria que atinge o nosso património de norte a sul do País e a que nem mesmo a Sé de Lisboa, Monumento Nacional, escapa…
O Programa Cheque-obra de Recuperação do Património Classificado, implementado pelo Ministério da Cultura, irá permitir o avanço dos trabalhos de recuperação na Sé. O cheque-obra doado pela Somague, que ascende a 360 mil euros, possibilitará a intervenção, que se iniciará pela consolidação e restauro da torre norte. A participação da Somague integra um plano de intervenção que contempla, igualmente, o seguimento das escavações arqueológicas e a reposição dos claustros.
“Através deste Programa [Cheque-obra de Recuperação de Património Classificado], as empresas do sector da constru-ção civil e das obras públicas detentoras de alvará das classes 7, 8 e 9, com as quais o Ministério da Cultura celebre acordos de doação plurianuais e às quais o Estado ou um concessionário público adjudique uma obra pública de valor igual ou superior a 2,5 milhões de euros, efectuam o donativo em espécie (em obra) aplicado no projecto de recuperação de um imóvel classificado, em valor equivalente a 1% do preço total de cada empreitada que lhes seja adjudicada.”
Fonte:
www.governo.gov.pt
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