Mais de metade dos imóveis foram entregues voluntariamente, mas 18 mil tiveram de ser objeto de ação judicial. As autoridades espanholas chegaram mesmo a intervir em cerca de 500 situações de despejo.
Em 89,5 por cento dos casos, a casa entregue ao Banco era a residência principal da família. Os imigrantes no país são um dos setores da população mais afetado pelos despejos, em grande parte devido à elevada taxa de desemprego que assola o país.
No final de 2012, continuavam em vigor 6,7 milhões de hipotecas sobre residências. Estão a ser levadas a cabo por todo o país iniciativas como a Plataforma de Afectados por las Hipotecas, criadas com a finalidade de apoiar as famílias despejadas.
É a primeira vez que este tipo de dados é revelado pelo Banco de Espanha. O Governo do país anunciou, em março, a alteração da lei sobre despejos e hipotecas, procurando adaptá-la à legislação europeia.