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Fanatismo e tecnologia contra o património cultural

A Jihad no museu de Mossul, Iraque: Tecnologia moderna ao serviço da destruição do património cultural.
A Jihad no museu de Mossul, Iraque: Tecnologia moderna ao serviço da destruição do património cultural.

Desta vez é verdade: património cultural de valor incalculável é destruído "em nome de Deus".

É usual apontar-se o general Amr ibn al-As, companheiro do Profeta, como o protagonista da destruição da Biblioteca de Alexandria. No entanto, desde o século XVIII que essa tese é objeto de controvérsia entre os historiadores, nomeadamente devido às contradições das poucas fontes históricas conhecidas, todas datadas de, pelo menos, 500 anos depois do século VII. Segundo a tese, Amr pediu instruções em relação à biblioteca ao califa Omar, que, supostamente, lhe respondeu com a famosa frase: "se esses livros estiverem de acordo com o Alcorão, então não precisamos deles para nada; e se eles se opõem ao Alcorão, destrói-os".

Mas, desta vez, é mesmo verdade. O jihadista que comandava as "operações" no Museu de Mossul disse para a câmara: "Fiéis muçulmanos, estas esculturas atrás de mim são ídolos para os povos de antigamente, que as adoravam, em vez de adorarem Deus"... "O Profeta retirou e enterrou os ídolos em Meca"..

Desta vez, a tecnologia não só ajudou a destruir o património cultural (ver imagens), como permitiu documentar a destruição perpetrada pelos extremistas.

Desmandos como este não são exclusivos de nenhuma das grandes religiões e têm, infelizmente, acontecido, de uma forma ou de outra, em todas elas, para desalento dos que professam os seus mais nobres princípios.

02/03/2015

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A Jihad no museu de Mossul, Iraque: Tecnologia moderna ao serviço da destruição do Património cultural.

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