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Quase 1/3 dos encargos das famílias portuguesas destina-se à habitação

Em Portugal, a maioria das famílias vive em casa própria e as rendas novas estão empoladas...

Em Portugal 77% das famílias vive em casa própria; Na Suíça apenas 35%; Na Alemanha, apenas 45%.
A seguir ao 25 de Abril, todos os partidos tiveram medo de "descongelar" as rendas. Ao mesmo tempo, e de acordo com os desejos dos promotores imobiliários, sucessivos governos incentivaram a política errada de compra de habitação própria, em detrimento do aluguer. Por outro lado, as rendas novas (posteriores a 1990), estão empoladas devido ao risco inerente à lentidão das acções de despejo e à impunidade dos inquilinos não cumpridores. Segundo estimativas, este empolamento é de cerca de 40%. O grande esforço que as famílias portuguesas foram levadas a fazer na compra de habitação, por um lado, e a lentidão das acções de despejo, por outro, são os dois factores que estão, actualmente, na origem do peso excessivo da casa no orçamento das famílias portuguesas. Grande parte das famílias portuguesas estão, hoje, "a trabalhar para os bancos", que, por seu turno, se endividaram junto de bancos estrangeiros para lhes emprestar dinheiro. Os efeitos da política da "casa própria" em detrimento da casa alugada não ficam por aqui: muitas das casas que as famílias estão a pagar não valem, hoje, o mesmo que valiam quando as compraram: valem menos. 
20/12/2011

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