Revista Pedra&Cal

Património Hospitalar

Indíce

02 EDITORIAL

03 SÓCIOS APOIANTES

04 PERCURSOS
Uma rota do património da saúde na Colina de Sant´Ana
 CÉLIA PILÃO

07 Pavilhão de Segurança do Hospital Miguel Bombarda
O mais importante edifício de finais do século XIX, princípios do século XX, em Portugal
 VÍTOR ALBUQUERQUE FREIRE

10 Hospital do Desterro
Um mosteiro desterrado
 RICARDO LUCAS BRANCO

12 Hospital de Sant’Ana
Antigo Sanatório de Sant’Anna na Parede
 LUÍSA ARRUDA

14 Hospital Real de Todos-os-Santos
O hospital grande de Lisboa
 ANTÓNIO PACHECO

16 Hospital Santa Izabel
Um patrimônio material e imaterial da medicina brasileira
 MÁRIO MENDONÇA DE OLIVEIRA, CYBÈLE CELESTINO SANTIAGO

19 ESTUDOS DE ARQUITECTURA
Misericórdias: estudos de história de arquitectura
 Misericórdias: estudos de história de arquitectura

20 ESTUDOS DE ARQUITECTURA
História da Misericórdia de Barcelos
 CARLA LOUSADA, CARLA CARVALHO, JOANA OLIVEIRA, JOANA BOGAS

22 ESTUDOS DE ARQUITECTURA
Igreja de Santo António dos Capuchos e Hospital da Misericórdia
 ANA ALMEIDA, AURORA FERNANDES, CATARINA FERREIRA, JOÃO SOUSA

24 ESTUDOS DE ARQUITECTURA
Misericórdia de Ponte de Lima
 CHIARA ORLANDINI, JOANA FARIA, JOÃO MARQUES, PEDRO GIL ALMEIDA, TIAGO COSTA

26 ESTUDOS DE ARQUITECTURA
Conjunto arquitectónico da Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo
 ANDREIA ROCHA, JOANA PINHO, MÁRCIA NASCIMENTO, NUNO COSTA

28 O Navio-Hospital Gil Eannes
Um projecto singular de reabilitação e reconversão
 CARLA PEREIRA, CARLOS COSTA

31 Hospital de Santa Maria
Intervenções no edificado
 MARCO CARAPETO

34 Reabilitação da Igreja Matriz de Cacela Velha
A Igreja de Nossa Senhora da Assunção, Matriz de Cacela, é um edifício de raiz manuelina construído originalmente no século XVI sobre as ruínas de anterior templo medieval, que se insere, segundo Horta Correia (1989), no tipo de série estandardizado
 ERNANDO VÍTOR FÉLIX RIBEIRO, ANA RITA PIMENTA, FÁTIMA DE LLERA

36 A importância da árvore no meio urbano
Em muitos projectos de requalificação de espaços urbanos públicos, os relvados e os caros pavimentos de lajes de pedra predominam claramente em detrimento das árvores. Parece haver apenas uma grande preocupação estética no uso e abuso de manchas “ver
 JORGE MASCARENHAS

41 DIVULGAÇÃO
Encontro Património Natural e Cultural: Construção e Sustentabilidade

42 NOTICIAS

44 AGENDA

45 VIDA ASSOCIATIVA

48 LIVRARIA

50 ASSOCIADOS GECoRPA

52 PERSPECTIVAS
Os Monumentos Nacionais não têm de ser todos pousadas e hotéis sem charme
 JOSÉ AGUIAR

Preço: 5,00 €

N.º 46
Património Hospitalar


Se bem que os seus antecedentes remontem à Antiguidade greco-romana, o hospital, como edifício duradouro, é considerado uma criação das cidades medievais do Ocidente. Até então, as construções de vocação hospitalar não possuíam um carácter que as diferenciasse e, mesmo os valetudinaria romanos, surgiam associados a construções militares mais ou menos temporárias.

Etimologicamente, o domus hospitalis é a casa dos hóspedes, onde se recolhiam e tratavam os doentes, e que constituía, também, a derradeira esperança de abrigo dos velhos, dos indigentes e de todas as pessoas em situação precária.

Na história do património hospitalar de Portugal avulta, sem dúvida, o Hospital de Todos-os- Santos, concebido por D. João II, construído por D. Manuel, e que Damião de Góis destacou como um dos edifícios mais notáveis da Lisboa quinhentista. Monumento cujos últimos vestígios físicos as obras da estação do Rossio do Metropolitano de Lisboa e do parque de estacionamento da Praça da Figueira se encarregaram de apagar (Pedra & Cal n.º 6, Abril-Junho de 2000).
 
Não obstante perdas irreparáveis como a do Hospital de Todos-os-Santos, chegou até nós um conjunto de edifícios de vocação hospitalar de grande valor histórico e arquitectónico. É a esse património e à temática da sua salvaguarda que a Pedra & Cal n.º 46 se dedica, perseguindo o seu objectivo de divulgação e promoção das boas práticas de conservação do edificado histórico.

Para além do tema de capa deste número da Pedra & Cal, importa focar um evento de grande importância: foi publicado no Diário da República, de 17 de Maio, o aviso de abertura do período de discussão pública da proposta de Plano de Pormenor de Salvaguarda da Baixa Pombalina. A necessidade de regulamentar, do ponto de vista técnico-jurídico, as intervenções na Baixa Pombalina foi salientada por Jorge Sampaio, na qualidade de presidente da Câmara Municipal de Lisboa, na reunião promovida em conjunto por esta entidade e pela Ordem dos Engenheiros, em 20 de Outubro de 1994. Esta iniciativa enquadrava-se na então recente entrada em vigor do Plano Director Municipal de Lisboa de 1994.

A salvaguarda da Baixa Pombalina tem sido um tema recorrente da Pedra & Cal, que a ele dedicou o seu n.º 11, de Julho-Setembro de 2001, edição da revista que foi distribuída num outro importante encontro, sobre o tema “Baixa Pombalina: Que futuro?” realizado no LNEC em Novembro de 2001, numa iniciativa do GECoRPA e em colaboração com a Comissão Nacional do ICOMOS e outras associações vocacionadas para a conservação do Património. A motivação deste encontro era a revisão, que à data se anunciava como estando para breve, do PDM de 1994. No anúncio deste encontro já a organização se insurgia contra o facto de terem passado sete anos sem que um plano de salvaguarda e reabilitação da Baixa Pombalina, apontado como urgente na reunião de 1994, visse a luz do dia…


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