Área de Associados
Sócios Apoiantes
Revista Pedra & Cal
Livraria
Notícias
Sistema de Qualificação
Formação
Ligações
Newsletter
GECoRPA
Apresentação
Equipa
Princípios
Estatutos
Vantagens
"Bandeiras"
Protocolos
Associados
Apresentação
Formulário de admissão
I - Projeto e fiscalização
II - Inspeções e ensaios
III - Execução (Empreiteiros e subempreiteiros)
IV - Fabrico e/ou distribuição de produtos e materiais
Área Reservada
Serviços
Prestação de Serviços
Regalias
Sala de Imprensa
Comunicados
Entrevistas
Vimos e Ouvimos
Arquivo
Estudos e Documentos
Cartas e Convenções
Comunicações e Artigos
Inquéritos
Agenda
Património para Miúdos
Estatuto Editorial
Pesquisa
Assinatura
Equipa Pedra & Cal
Números Anteriores
Número Actual
Revista Pedra&Cal
Indíce
04
EDITORIAL
 
VítorCóias
06
EM ANÁLISE
A Cal Material milenar e inovador
 
Maria do Rosário Veiga
09
ESTUDO DE CASO
Magra 3. Um complexo industrial de produção de cal em época romana
 
Lúcia Miguel; Pedro Braga
12
Revestimentos exteriores tradicionais na Terra Fria Transmontana
O presente estudo aborda a produção e a utilização de cal como revestimento exterior na arquitectura tradicional da Terra Fria Transmontana. No norte dos concelhos de Bragança e Vinhais, o aproveitamento dos afloramentos calcários existentes para pro
 
Daniel Vale
16
Os stuccos exteriores na região do Algarve
Os ornamentos em relevo são elementos decorativos e compositivos da arquitectura, aplicados na execução de cimalhas, frisos, molduras, remates, pilastras, entre outros, mas que também adquirem valor simbólico, com elementos fitomórficos e figuras ant
 
Marta Santos
20
Emboço ventilado para edifícios antigos sujeitos a humidade ascensional e sais solúveis
Este artigo apresenta um revestimento de substituição “emboço ventilado” para edifícios antigos sujeitos à ação severa da água (humidade ascensional através das fundações com elevada concentração de NaCl). Este revestimento, composto por duas camadas
 
Ana Fragada; Maria do Rosário Veiga; Ana Velosa
24
INVESTIGAÇÃO
Caracterização de argamassas de cal utilizadas em paredes de alvenaria resistentes pertencentes a edifícios “de placa”
 
Ana Isabel Marques; Maria do Rosário Veiga; Paulo Candeias; João Gomes Ferreira
29
O papel dos agregados naturais na durabilidade das argamassas de cal
Os principais factores para a durabilidade e bom desempenho das argamassas de cal estão relacionados com a qualidade da cal e dos agregados usados, a proporção adequada da mistura, a granulometria dos agregados e o cuidado posto na preparação da arga
 
Ana Rita Santos; Maria do Rosário Veiga; António Santos Silva; Jorge de Brito
33
Desempenho de argamassas de cal em sistemas de isolamento térmico
Com a crescente preocupação em selecionar componentes que envolvem menor consumo de energia, constituídos por materiais ecológicos e sustentáveis, diversas empresas portuguesas têm vindo a desenvolver ETICS com argamassas e acabamentos com base em ca
 
Sofia Malanho; Maria do Rosário Veiga
37
Contributo de betões de cânhamo na regulação passiva da humidade no interior dos edifícios
Este estudo experimental tem como objetivo a comparação da higroscopicidade e capacidade de regulação passiva da humidade relativa no interior dos edifícios de três formulações distintas de betão de cânhamo. Estes materiais diferem, fundamentalmente,
 
Tânia Simões; Fionn McGregor; Antonin Fabbri; Paulina Faria
42
Argamassas para (re)aplicação de azulejos antigos Um passo para a Normalização
Um passo para a Normalização
 
Sandro Botas; Maria do Rosário Veiga; Ana Velosa
46
SAÚDE
Revestimentos saudáveis O papel da cal
 
Ana Velosa
56
REFLEXÃO
Cal y Arquitectura Vernácula
 
María del Mar Barbero Barrera
59
Artes da cal
Uso e tradição
 
Fátima de Llera; Abílio Guerra; Martha Tavares
64
Profissões antigas
A cal e os seus ofícios O tempo dos caeiros
 
Antero Leite
70
PATRIMÓNIO IMATERIAL
PATRIMÓNIO IMATERIAL Vila Real O processo de confecção da louça preta de Bisalhães
 
João Ribeiro da Silva
76
OPINIÃO
Alojamento local Berlim e outras cidades impõem limites, Lisboa e Porto deviam fazer o mesmo.
 
Vítor Cóias
79
Comunicado de imprensa
Revisão do Código dos Contratos Públicos O GECoRPA toma posição
 
Vítor Cóias
Preço:
0,00 €
N.º 61
A Cal material tradicional e inovador
O segundo termo do binómio que dá nome a esta revsta a "cal". Durante milénios foi o ligante mais usado pelos onstrutores, em articulação com a pedra, consituindo a alvearia. De
pedra e cal
é, há muito sinónimo de establidade, resistência e durabilidade.
Em Portugal, a cal fabricou-se artesanalmente durante séculos, em todas as regiões onde afloram calcários, como ilustram alguns dos textos que compõem este número da
Pedra&Cal
.
Como apareceu a cal ninguém sabe: as suas origens perdem-se no dealbar do
homo sapiens
, que podemos imaginar, fétido e hirsuto, mas sempre curioso, ao constatar que, na fogueira de há várias luas atrás, o pó em que algumas pedras se tinham começado a desfazer tinha solidificado, e as pedras estavam agora coladas umas às outras, apesar da água que sobre elas tinha caído... ou foi “graças” à água?...
A cal foi profusamente utilizada pelos construtores, quer em estruturas, quer em revestimentos, até ser destronada pelo cimento, cujo fabrico se inicia em Lisboa, no Vale de Alcântara, nos anos sessenta do século XIX. É dessa altura o cimento da marca “Rasca”, nome da quinta, junto à foz do Sado, onde era extraída a matéria-prima. Com a instalação de novas fábricas de cimento na própria Quinta da Rasca, e em Alhandra e, sobretudo, com o advento do betão armado, cuja patente é registada em Portugal em 1896 por Hennebique, os novos materiais passaram a ser os preferidos dos construtores e começaram mesmo a ser utilizados na consolidação de monumentos e edifícios históricos.
A incompatibilidade do cimento com as alvenarias antigas, a fraca durabilidade do betão armado e o peso excessivo dos elementos estruturais com ele construídos traduziram-se no insucesso de muitas das intervenções no património arquitetónico, realizadas, sobretudo, nas décadas de quarenta e cinquenta do século passado. Já no virar do século, assistiu-se em Portugal a uma rápida evolução no enfoque do setor da construção, que passou a incidir sobretudo na reabilitação do parque edificado, muito dele antigo. Tais circunstâncias ditaram um progressivo regresso ao uso da cal, quer na variante “aérea”, quer na variante “hidráulica”, que substitui com vantagem o cimento, quando a hidraulicidade do ligante se mostra necessária.
As preocupações ambientais, que se agudizaram nas últimas décadas do século passado, contribuíram para o regresso à cal que, ao contrário do cimento, para ganhar resistência precisa de ir buscar à atmosfera o dióxido de carbono que para lá foi lançado durante o processo de fabrico.
Neste número da
P&C
acompanha-se, a traços largos, a evolução dos usos deste vestuto, mas sábio e versátil ligante que é a cal, desde as tecnologias mais primitivas da sua produção, passando pela organização medieval dos mesteirais que a fabricavam e aplicavam, até aos desenvolvimentos mais recentes, com particular enfoque no trabalho que, no LNEC, vem desenvolvendo a eng.ª Rosário Veiga e a sua equipa.
O regresso, paulatino mas benfazejo, ao uso da cal nos hábitos de quem concebe e projeta, logo de quem fabrica e de quem constrói, justifica que a
Pedra&Cal
a ele dedique este número, o primeiro produzido apenas em suporte digital.
© Copyright
Gecorpa
. Todos os direitos reservados.
Develop By: