A candidatura, promovida pela API – Associação Portuguesa de Imprensa, inclui 21 jornais centenários ou perto de atingir essa marca, 19 dos quais são de âmbito regional. A API espera que o apoio governamental que permitirá o avanço da candidatura chegue ainda este mês.
O projeto da candidatura começou no primeiro Encontro Nacional da Imprensa Regional Centenária e foi apresentado a Francisco José Viegas, então secretário de Estado da Cultura. A API pretende agora conquistar o apoio do novo secretário de Estado, Jorge Barreto Xavier, e do responsável pela pasta da comunicação social, Feliciano Barreiras Duarte.
Caso obtenha sucesso, a APi irá organizar uma exposição itinerante sobre a imprensa regional, divulgando informações sobre aos jornais centenários e fazendo uma compilação das suas primeiras páginas.
Há outras cinco publicações que, nos próximos cinco anos, se tornarão centenárias. A longevidade dos jornais portugueses deve-se ao facto de grande parte deles pertencerem originalmente a famílias ou associações sem fins lucrativos, que viam na elaboração dos jornais uma missão para comunidade local, ou a tipografias, que conseguiam imprimi-los com custos marginais.
A ausência de conflitos de grande dimensão no território nacional proporcionou também a manutenção dos periódicos ao longo das décadas, bem como o importante papel que a imprensa regional conquistou no contexto político nacional, principalmente no fim da monarquia e durante o período revolucionário da I República.
O “Açoreano Oriental”, fundado em 1835, é apontado como o mais antigo jornal português.