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Património associado à atividade termal nas Caldas da Rainha está em risco

Pavilhões do Parque D. Carlos I.
Pavilhões do Parque D. Carlos I.

A suspensão temporária dos tratamentos hidrológicos no Hospital Termal Rainha D. Leonor, nas Caldas da Rainha, está a aumentar as preocupações sobre o património centenário ligado aos tratamentos termais.

Associada à unidade de saúde está a construção, no século XVIII, do Parque D. Carlos I, composto por estruturas de lazer e divertimento destinadas aos utentes das Termas. Dentro do parque estão ainda localizados pavilhões, datados do final do século XIX, que funcionavam como uma extensão hospitalar para os utentes mais abastados.

Este património aguarda há décadas por um plano de recuperação. Os pavilhões estão, segundo um estudo do LNEC, abandonados e em risco de ruína. O Parque, apesar de ser o único jardim público da cidade, tem sido mantido e limpo pela comunidade local.

O Hospital Termal de Caldas da Rainha, mandado construir em 1484, é considerado o mais antigo do mundo na área das águas terapêuticas. Desde junho que os tratamentos hidrológicos na unidade estão suspensos, devido a uma contaminação bacteriana na canalização.

É a quinta vez que este problema afeta as Termas nos últimos quinze anos, um fator que poderá ser responsável pela diminuição do número de utentes para menos de dois mil anuais. Existe a convicção que, caso consigam atrair cinco mil utentes por ano, as Termas, tal como o Parque, poderão tornar-se autossuficientes.

A concessão do património à Câmara Municipal das Caldas da Rainha, juntamente com uma entidade ligada à Saúde e outra ligada à administração hospitalar, é uma das hipóteses para a manutenção desta unidade. Visto que a recuperação do património ligado à atividade termal está orçada em cerca de dois milhões de euros, o órgão local considera indispensável o acesso a fundos comunitários.

Carlos Sá, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Oeste, para o qual o Ministério da Saúde remete responsabilidades, garante que a venda do património não está a ser equacionada atualmente. 
 
04/04/2013

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