Organizado pelo ICOMOS Portugal e pelo GECoRPA – Grémio do Património, o encontro com a duração de um dia procurou recapitular a evolução da candidatura da Baixa Pombalina a Património da Humanidade, lançada em 2001 e aprovada em 2005.
Arquitetos, engenheiros, historiadores e outros especialistas foram unânimes na afirmação que o reconhecimento do valor universal da Baixa não pode ficar refém de lutas políticas locais. Ao longo das intervenções e debates, tornou-se clara a necessidade de rever o Plano de Salvaguarda e Valorização da Baixa, impedir o fachadismo excessivo e a demolição de construções originais, assegurar a qualificação dos agentes envolvidos nas intervenções em edifícios pombalinos e acautelar as questões de segurança (nomeadamente a resistência sísmica dos edifícios) e os processos de segregação social.
Foi ainda recordado que o estatuto de Património da Humanidade assenta no dever de salvaguarda do bem classificado, pelo que a atribuição desse estatuto à Baixa Pombalina teria necessariamente implicações concretas, desde logo o compromisso de manutenção do valor patrimonial e a prática efetiva de uma conservação ativa e integrada.
A resposta à pergunta colocada no título da conferência, de acordo com todos os oradores e intervenientes, é positiva, pelo facto de a Baixa ser já um momento muito relevante da história da arquitetura e da cidade mundial e também porque a candidatura aprovada está, de acordo com as conclusões do encontro, muito bem fundamentada.
Poderá ver todas as fotos deste evento no Facebook oficial do GECoRPA - Grémio do Património.
O encontro de que resultou a candidatura da Baixa Pombalina a Património da Humanidade, em novembro de 2001, foi tema de capa da revista Pedra & Cal n.º 11, que disponibilizamos para consulta.