Estamos todos confrontados e comprometidos com uma realidade exigente em termos de sustentabilidade financeira,protecção ambiental e até de sobrevivência do ponto de vista social. Acima de tudo, o mais importante é acordarmos todos os dias e pensarmos em fazer algo positivo, que contribua para o bem comum e o bem-estar de todos nós e das gerações futuras.Desde sempre que o associativismo, como partilha de experiências e de entreajuda, a par do voluntariado, tem sido um enorme contributo para essa qualidade de vida. Há que dinamizar, cada vez mais, esta troca de experiências, envolvendo e agregando diversas associações, de modo a sermos capazes de transformar situações menos boas em algo belo e agradável. Esta união de vontades pode constituir um motor de esperança até para os mais idosos,permitindo que se reformem e mantenham uma actividade na qual se sintam úteis, transmitindo conhecimentos e partilhando experiências.
Nesta área da Reabilitação e Restauro, o GECoRPA pode desempenhar um papel fundamental para encorajar esta troca de sinergias. A junção da experiência dos mais velhos e da formação académica e energia dos mais novos, aliada à vontade de materializar sonhos, deve ser o fio condutor deste projecto. Estamos na era das novas tecnologias e da globalização e surge também uma nova ideia, do trabalho em rede, que deverá contribuir para que associações e empresas unam esforços e criem parcerias que, agindo de forma integrada, formem uma rede alargada de conhecimento da realidade existente ao nível do património edificado e grupos de intervenção, de modo a transformar o património abandonado nas áreas envolventes dos centros urbanos, que, reconhecidamente, mereça ser tornado
útil e belo, para que as novas gerações encontrem nas nossas cidades espaços interessantes, onde possam (con)viver.Está na nossa mão, empresários e homens de bem, com a união das ideias e sinergias que formos capazes de gerare promover, dar corpo a este projecto, criando condições para que o mesmo se concretize. Não podemos ficar à espera do Estado, tanto mais que na actual crise financeira esta área não será, certamente, prioritária. É urgente que a sociedade civil reconheça esta triste realidade e se alie aos empresários portugueses que se preocupam com o legado histórico, para que possamos evitar que este continue a degradar-se e a desaparecer.Do que conheço, ainda há muitos pequenos e médios empresários nesta área que estão disponíveis para discutir e encontrar, em conjunto, soluções para dar corpo a estas ideias. E uma seria muito simples! Basta que o Estado, sem quaisquer custos, crie um mecanismo legal que facilite a mobilização de muitos dos que estão a usufruir de subsídio de desemprego sem nada fazerem, criando assim uma base de dados que permita às empresas recrutar pessoas para as suas iniciativas de carácter solidário.Como responsável por um grupo de empresas, apelo a todos os associados, a responsáveis de associações e aos demais agentes da sociedade civil para que reajam ao negativismo e tomem iniciativas que possam unir-nos.
Assine agora a nossa revista e fique por dentro das últimas novidades e tendências do setor! Receba a revista diretamente no seu e-mail.