No dizer de Minja Yang, responsável para a região Ásia--Pacífico do World Heritage Center da UNESCO, "é preciso valorizar para conservar". A valorização do património cultural e, em particular, do património arquitectónico,tendo em vista a sua utilização para fins turísticos, é uma dasformas mais eficazes de estimular a sua salvaguarda e de criaras receitas necessárias para o respectivo financiamento.O "produto cultural" assim disponibilizado permite atraír ummaior número de visitantes, revitalizar as comunidades locaisatravés da criação de novos empregos e engrossar as receitasdo turismo, que constituem, já hoje, uma das principais fontesde divisas de muitos países.No entanto, uma exploração turística desenfreada pode fazerperigar o equilíbrio, por vezes precário, em que esse patrimó-nio se encontra, do mesmo modo que critérios de intervençãodesajustados podem ferir, de forma irreversível, o carácter e aautenticidade dos monumentos e sítios.O casamento entre património e turismo é, sem dúvida, ditadopelo interesse. Mas nem por isso será menos durável e frutuoso,se se basear no respeito e numa visão de longo prazo.
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