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Desde a fundação da nacionalidade que a arquitectura militar teve um papel primordial, estabelecendo e defendendo limites territoriais, e assumindo-se como instrumento fundamental da expansão.
Contagiando, com os seus canônes e modelos, edifícios civis e religiosos, a Arquitectura Militar daria origem, nos séculos XVI e XVII, a um estilo arquitectónico nacional que, pelo seu rigor e desprovimento decorativo, viria a ser designado por "estilo chão".
Protagonistas de todo este processo, arquitectos e engenheiros militares passariam a ser responsáveis por uma notável actividade teórica e prática, aquém e além-mar.
Para o provar, basta citar, uma vez mais, a experiência pioneira que constituiu o prodigioso plano de reconstrução de Lisboa após o grande sismo de 1755, empreendido por homens, todos eles, de formação militar (para quando o tão desejado plano de preservação da Baixa Pombalina, pedido no encontro promovido pelo GECoRPA em Novembro de 2001?).
Tal como aconteceu em edições anteriores, o exíguo número de páginas da revista obrigou a que fossem abordados apenas alguns aspectos relativos a este tema, deixando de fora um sem-número de exemplos e intervenções, deste imenso património que urge preservar.
Teresa de Campos Coelho