Revista Pedra&Cal

Reabilitação Urbana

Indíce

05 Editorial
 V. Cóias e Silva

06 Reportagem
Escola Nacional de Artes e Ofícios no Mosteiro da Batalha - Mestres de Cantaria para o Futuro

09 Entrevista
Presidente do IPPAR: "Património deve estar no Ministério da Cultura"

13 Reportagem
Programa de Reabilitação Urbana revitaliza núcleo Histórico de Almada

15 Caso de Estudo
Quarteirão no Castelo: Beco e Rua do Recolhimento
 João Appleton

19 Tecnologia
o parque habitacional antigo e os sismos
 Carlos Sousa Oliveira

22 Divulgação
URBE: Organização não Governamental para o Ambiente Urbano
 Rogério Gomes

24 Opinião
Reabilitação e Restauro Urbano: Um Livro de Urbanismo num Alfarrabista de Londres
 José Cornélio da Silva

27 Entrevista com António Abreu, vereador da Câmara Municipal de Lisboa
Reabilitação Urbana: Lisboa é um Laboratório

31 Tema de Capa: Divisão de Apoio Técnico da C.M.L.
A Salvaguardad a identidade cultural

33 Tecnologia
Análise de alguma documentação sobre Lisboa pós- terramoto
 Vítor Cóias e Silva

38 Opinião
A reabilitaçãon os Estados Unidos: uma abordagem de casos de estudo
 Nuno Gil

41 Notícias

48 Agenda

49 Livros

54 Perspectivas
Património em perigo
 Nuno Teotónio Pereira

Preço: 3,74 €

N.º 2
Reabilitação Urbana


O "fachadismo"  ganha  foros  de  movimento  a  seguir  à
segunda guerra  mundial,  traduzindo  uma  transposição
para a Europa do american way of life e, na prática, uma
cedência aos interesses do  grande negócio imobiliário.  Nesta
tendência, dos antigos edifícios aproveita-se apenas a carcaça,
que é preenchida  com uma estrutura  de materiais modernos,
aço ou betão. Exigências funcionais e argumentos de segurança
são invocados para justificar  este cortar a direito  do arquitectotaxidermista.
A  capital belga é apontada por  alguns como o exemplo desta
abordagem da renovação urbana. Para grande sofrimento  dos
nossos  amigos  belgas,  aparece,  até,  cunhado  o  termo
"bruxelização".
Ao contrário, operar no tecido urbano vivo exige mãos sensíveis,
espírito  criativo  e multidisciplinaridade..  Infelizmente  para os
mais apressados, pressupõe muito  estudo e dá muito  trabalho!
Os dividendos  desta postura, em que a estrutura e os materiais
originais dos edifícios são respeitados, já são, hoje, patentes para
o grande público  (incluindo  os clientes das imobiliárias). Tanto
é certo, que muitos  foram  os centros históricos italianos  que
por  ela  optaram.  Mesmo  na  Dubrovnik  dilacerada  pelos
recentes bombardeamentos e incêndios, apesar dos edifícios se
apresentarem  esventrados,  se optou  por  reconstituir  o  seu
interior  em respeito da antiga traça e dos antigos materiais.
Não sem alguns sobressaltos e hesitações é esta, por ventura, a
tendência que, entre nós, prevalece. O centro histórico do Porto
trilha  esse caminho e (esperemos), a Baixa Pombalina de Lisboa
será disso exemplo. Amen.

v: Cóias e Silva


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