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O "fachadismo" ganha foros de movimento a seguir à segunda guerra mundial, traduzindo uma transposição para a Europa do american way of life e, na prática, uma cedência aos interesses do grande negócio imobiliário. Nesta tendência, dos antigos edifícios aproveita-se apenas a carcaça, que é preenchida com uma estrutura de materiais modernos, aço ou betão. Exigências funcionais e argumentos de segurança são invocados para justificar este cortar a direito do arquitectotaxidermista. A capital belga é apontada por alguns como o exemplo desta abordagem da renovação urbana. Para grande sofrimento dos nossos amigos belgas, aparece, até, cunhado o termo "bruxelização". Ao contrário, operar no tecido urbano vivo exige mãos sensíveis, espírito criativo e multidisciplinaridade.. Infelizmente para os mais apressados, pressupõe muito estudo e dá muito trabalho! Os dividendos desta postura, em que a estrutura e os materiais originais dos edifícios são respeitados, já são, hoje, patentes para o grande público (incluindo os clientes das imobiliárias). Tanto é certo, que muitos foram os centros históricos italianos que por ela optaram. Mesmo na Dubrovnik dilacerada pelos recentes bombardeamentos e incêndios, apesar dos edifícios se apresentarem esventrados, se optou por reconstituir o seu interior em respeito da antiga traça e dos antigos materiais. Não sem alguns sobressaltos e hesitações é esta, por ventura, a tendência que, entre nós, prevalece. O centro histórico do Porto trilha esse caminho e (esperemos), a Baixa Pombalina de Lisboa será disso exemplo. Amen.
v: Cóias e Silva