Revista Pedra&Cal

Baixa Pombalina: Que futuro?

Indíce

03 Editorial

05 Correio dos Leitores

06 Reconversão de um quarteirão no Chiado, Lisboa Companhia de Seguros Império
 Gonçalo Byrne

10 CASO DE ESTUDO
A OZ na Baixa Pombalina

13 Compreender a importância da Gaiola Pombalina, o sistema anti-sísmico mais avançado do século XVIII
  Stephen Tobriner

16 Salvaguarda da Baixa Pombalina: Reabilitação estrutural usando métodos pouco intrusivos
 V. Cóias e Silva

21 Um plano para a Baixa
Se o Marquês conseguiu encontrar um Plano de Renovação para a Cidade baixa, porque razão não conseguimos nós até hoje definir um Plano de Conservação e Restauro para a Baixa Pombalina? Possuímos um património construído sem paralelo no mundo, e que s
 Maria Helena Ribeiro dos Santos

24 Breves notas sobre a influência do ideário Humanista no território de implantação do plano de Junho de 1758 para a Baixa de Lisboa
 Vítor Manuel Vieira Lopes dos Santos

27 Edifício no Poço do Borratém - projecto de estrutura
  João A. Silva Appleton

30 “Sites” sobre a Baixa Pombalina na Internet
 José Maria Lobo de Carvalho

32 O Panteão de Roma
O Panteão de Roma, construído por Agripa entre 27 e 25 a.C. e remodelado por Adriano entre 118 e 125, debate- -se hoje com problemas de protecção que são utilizados de diversas maneiras por conservadores, políticos e comerciantes.
 João Mascarenhas Mateus

33 As Leis do Património
Alteração Legislativa com vista a incentivar a realização de obras de conservação ordinária pelos senhorios
 A. Jaime Martins

35 Automóveis antigos resistem à passagem do tempo
 Filomena Gonçalves

37 280 anos da primeira lei do Património Cultural
 Miguel Brito Correia

38 Notícias

40 Agenda

43 Vida Associativa

46 Livraria

49 Associados GECoRPA

51 A Baixa de Lisboa e as outras Baixas
 Nuno Teotónio Pereira

Preço: 4,48 €

N.º 11
Baixa Pombalina: Que futuro?


EDITORIAL por V. Cóias e Silva | Diretor da Pedra & Cal

Três anos de "Pedra & Cal"

Contando com o número "0", publicado em Novembro de 1998, completam-se, com esta, 12 edições da "Pedra & Cal". Ao longo das cerca de 700 páginas, entretanto publicadas, procurou-se focar temas de interesse e actualidade, em nome de uma melhor salvaguarda do património cultural, em particular do que assume a forma de construções: os monumentos, os edifícios históricos e os conjuntos por eles formados ou onde hoje encontram o contexto.

Dirigindo-se, preferencialmente, às empresas associadas do GECoRPA, a P&C procurou, desde a primeira hora, divulgar a boa prática, ajudando as empresas a melhorarem a qualidade do seu contributo para a conservação do património arquitectónico, dado que são elas as executoras finais de qualquer intervenção.

Para além das empresas, e ao mesmo tempo que procura contextualizar essa "boa prática", a P&C dirige-se, também, a uma vasta audiência de entidades e pessoas que se interessam pelas (ou interessam às) questões da salvaguarda do património arquitectónico. Junto dessas entidades e pessoas, a P&C procurou divulgar um conjunto mais vasto de conhecimentos, desde a teoria e a história da conservação, até às questões metodológicas das intervenções e à qualificação dos agentes.

Como forma de assinalar o seu terceiro aniversário, a P&C seleccionou um tema muito querido dos Portugueses e, em particular, dos Lisboetas: a Baixa Pombalina. Há muito que se assiste a uma tomada de consciência, por parte dos cidadãos, do valor histórico, arquitectónico e urbanístico da Baixa Pombalina de Lisboa, cuja concepção foi, a vários títulos, inovadora. Esta crescente consciencialização contrasta com o alheamento da autarquia e a ausência de medidas concretas de salvaguarda, embora há muito anunciadas. De facto, na sequência da entrada em vigor do PDM de 1994, teve lugar, em 94-10-20, na Fundação Gulbenkian, um encontro sobre o tema da Baixa. Nas conclusões foram apontados importantes objectivos, como o estabelecimento de um "Programa de Salvaguarda e Reabilitação" para a Baixa, a elaboração de um "regulamento específico", previsto no PDM, a conservação dos interiores dos edifícios, a criação de num grupo de acompanhamento permanente para apreciação, caso a caso, das intervenções, etc.

Decorridos sete anos, constata-se que essas orientações estratégicas não tiveram um seguimento eficaz. E, por outro lado, nos fundamentos da actual revisão do PDM, a Baixa é apenas mencionada de passagem e de um modo vago.

O Encontro "BAIXA POMBALINA: QUE FUTURO?" com que o GECoRPA assinala o terceiro aniversário da sua revista, pretende fazer um balanço, promover uma reflexão e tentar uma mobilização que permitam lançar medidas concretas de salvaguarda e revitalização da Baixa.

Lisboa, Setembro de 2001


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