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Contando com o número "0", publicado em Novembro de 1998, completam-se, com esta, 12 edições da "Pedra & Cal". Ao longo das cerca de 700 páginas, entretanto publicadas, procurou-se focar temas de interesse e actualidade, em nome de uma melhor salvaguarda do património cultural, em particular do que assume a forma de construções: os monumentos, os edifícios históricos e os conjuntos por eles formados ou onde hoje encontram o contexto.
Dirigindo-se, preferencialmente, às empresas associadas do GECoRPA, a P&C procurou, desde a primeira hora, divulgar a boa prática, ajudando as empresas a melhorarem a qualidade do seu contributo para a conservação do património arquitectónico, dado que são elas as executoras finais de qualquer intervenção.
Para além das empresas, e ao mesmo tempo que procura contextualizar essa "boa prática", a P&C dirige-se, também, a uma vasta audiência de entidades e pessoas que se interessam pelas (ou interessam às) questões da salvaguarda do património arquitectónico. Junto dessas entidades e pessoas, a P&C procurou divulgar um conjunto mais vasto de conhecimentos, desde a teoria e a história da conservação, até às questões metodológicas das intervenções e à qualificação dos agentes.
Como forma de assinalar o seu terceiro aniversário, a P&C seleccionou um tema muito querido dos Portugueses e, em particular, dos Lisboetas: a Baixa Pombalina. Há muito que se assiste a uma tomada de consciência, por parte dos cidadãos, do valor histórico, arquitectónico e urbanístico da Baixa Pombalina de Lisboa, cuja concepção foi, a vários títulos, inovadora. Esta crescente consciencialização contrasta com o alheamento da autarquia e a ausência de medidas concretas de salvaguarda, embora há muito anunciadas. De facto, na sequência da entrada em vigor do PDM de 1994, teve lugar, em 94-10-20, na Fundação Gulbenkian, um encontro sobre o tema da Baixa. Nas conclusões foram apontados importantes objectivos, como o estabelecimento de um "Programa de Salvaguarda e Reabilitação" para a Baixa, a elaboração de um "regulamento específico", previsto no PDM, a conservação dos interiores dos edifícios, a criação de num grupo de acompanhamento permanente para apreciação, caso a caso, das intervenções, etc.
Decorridos sete anos, constata-se que essas orientações estratégicas não tiveram um seguimento eficaz. E, por outro lado, nos fundamentos da actual revisão do PDM, a Baixa é apenas mencionada de passagem e de um modo vago.
O Encontro "BAIXA POMBALINA: QUE FUTURO?" com que o GECoRPA assinala o terceiro aniversário da sua revista, pretende fazer um balanço, promover uma reflexão e tentar uma mobilização que permitam lançar medidas concretas de salvaguarda e revitalização da Baixa.
Lisboa, Setembro de 2001