Revista Pedra&Cal

Património Marítimo

Indíce

02 Editorial

04 A vocação marítima de Cascais
Nascida à beira das águas tépidas da sua baía e impregnada com o cheiro acre da maresia, a Vila de Cascais viveu sempre de e para o mar. As suas gentes, os seus monumentos e toda a sua estrutura urbana são repositórios integrais de uma relação ancest
 JOÃO ANÍBAL HENRIQUES

06 Entrevista - Eng.º Damião Martins de Castro do Porto de Lisboa
Preservar e valorizar o património arquitectónico
 CARLA NICOLAU FERREIRA

10 Farol de S. Miguel-o-Anjo
O exemplar mais antigo da Península Ibérica
 World Monuments Fund – Portugal

12 Forte do Bugio
Obra de protecção e recuperação
 ANTÓNIO CERDEIRA

14 (Re)descobrir o Zimbório
Uma intervenção de limpeza e conservação
 SOFIA SALEMA

16 Preservar e conhecer
Os vestígios do património arqueológico náutico descobertos em Portugal
 FRANCISCO J. S. ALVES

20 “Agora o que falta é fazê-lo”
… acerca do porto de Lisboa e de um museu que lhe diz respeito
 PAULO OLIVEIRA RAMOS

22 Estruturas afectadas por corrosão das armaduras
Ferramentas de diagnóstico para avaliação do seu estado de conservação
 CARLOS MESQUITA

26 Portas de Coimbra
Uma “nova” entrada com quatro séculos
 JOÃO VARANDAS

27 Igreja do Antigo Convento dos Capuchos
Pinturas renascidas
 PEDRO SILVA

28 Museu de Marinha - Um mundo de descobertas
O Museu de Marinha foi fundado pelo rei D. Luís em 22 de Julho de 1863. Tendo começado a ser reunido ainda durante o séc. XVIII, com a recolha de alguns modelos de navios da Armada Real, o acervo do Museu conta, hoje, com mais de 17.000 peças, para a
 JOSÉ VAL

30 Sistema de classificação das empresas que se dedicam à reabilitação de construções antigas e à conservação do património arquitectónico
As intervenções de reabilitação de construções existentes envolvem evidentemente uma complexidade bastante maior do que a construção corrente, exigindo das empresas que a elas se dedicam maior capacidade técnica e rigor de execução
 V. CÓIAS E SILVA

34 Leis do património
Novo regime jurídico do acesso e permanência na actividade da construção civil
 A. JAIME MARTINS

36 A Carta de Veneza: 1964-2004
A “Carta internacional sobre a conservação e o restauro de monumentos e sítios”, conhecida por Carta de Veneza, celebra quatro décadas este ano
 MIGUEL BRITO CORREIA

37 Notícias

38 Vida Associativa

41 Agenda

42 Envelhecimento natural do papel
A celulose e a degradação química
 RODRIGO LUCAS DE SOUSABRANCO

43 Conservar e restaurar o papel
A função das enzimas
 MARTA ISABEL DE SOUSA BRANCO

45 e-pedra e cal
Património marítimo: 0,12 segundos

46 Livraria

49 Associados GECoRPA

52 Património portuário
Identidade e memória
 NUNO TEOTÓNIO PEREIRA

Preço: 4,48 €

N.º 22
Património Marítimo


Com perto de 1000 km de orla marítima, rasgada por dois grandes estuários, e uma longa tradição de navegantes e pescadores, Portugal tem um extenso património de obras marítimas e fluviais. Esse património tem passado despercebido, em favor das construções mais imponentes feitas em terra firme.

Este número da “Pedra & Cal” procura pôr em evidência o património construído ligado à relação das populações e da economia com o mar e os rios. É um património que se estende às antigas colónias e que não pára de crescer, como atestam uma boa parte das grandes construções que mereceram figurar na resenha promovida recentemente pela Ordem dos Engenheiros, “100 obras de engenharia portuguesa no mundo no século XX”.
 
Marcando a paisagem por força da sua inerente visibilidade, como os faróis, ou semi-submersas como as obras acostáveis, o património marítimo carece, entre nós, de uma inventariação e descrição mais completas e de estudos mais profundos.

Mas a ameaça que pende sobre esse património construído é pequena, se comparada com a ameaça que os excessos da construção representam para o outro património: o natural. Infelizmente, estamos a cometer hoje, nos melhores locais da nossa orla costeira, os mesmos erros urbanísticos que os americanos cometeram nos anos vinte na Flórida: continuamos a desvalorizá-la construindo uma barreira de torres de apartamentos baratos e de gosto duvidoso.
 
Lisboa, Abril de 2004

V. Cóias e Silva, Presidente do GECoRPA


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